sexta-feira, 21 de maio de 2010


Lucas aprova

o idealizador

Carlo Petrini, cozinheiro e sociólogo italiano, fundou o movimento SLOW FOOD quando o McDonald's abriu uma filial no centro histórico de Roma, em 1986. Petrini propunha um modo de bem-viver, o contrário do efeito padronizante do fast food. Ele queria valorizar a culinária de cada região, chamar a atenção das pessoas para como é essencial prestar atenção ao que se come. Hoje, são 100 mil pessoas em todo o planeta interessados nesta proposta de levar a vida com mais vagar. Não se deixar esmagar pelo frenesi da sociedade ocidental contemporânea.

Eu gosto de Big Mac e Coca-cola, como com mais frequência do que deveria. O ponto não é demonizar o fast food mas manter o senso crítico, o discernimento. Não vá na onda de que vai "abrir a felicidade" ao tomar uma garrafa de refrigerante.

Lembro de uma cena do filme "Babel" onde Brad Pitt e a mulher pediam coca-cola porque seria mais saudável do que consumir a água local de um país oriental pobre. Não é que eles estivessem errados, é apenas chocante que uma cena assim possa ser verdade.

Esta conversa também me remete ao dia em que fui conhecer Versailhes, nos arredores de Paris, e vi, espantada, o bando de gente que saía do trem e ia direto para um Mc Donald's que ficava em frente, antes mesmo de visitar o palácio de verão da realeza... Por que viajar tão longe para consumir um sanduíche que se encontra em qq esquina de qq grande cidade? Por que não aproveitar os suados euros e provar um pouco da vida local? Não precisa ser o restaurante caro, vale o panini vendido na rua, ou quem sabe um crepe legítimo. É possível estar seguro na diversidade, acreditem. Aliás, eu diria que é salutar.